Novo capítulo

Comecei esse Blog com um intuito bem diferente. Na verdade, pretendia utilizá-lo para compartilhar as minhas crônicas e um ou outro desabafo. De fato, haverá um tópico para textos desse gênero, afinal acredito que não me faltarão histórias a partir de agora. Obviamente, existem coisas e acontecimentos que devem ser guardados só para mim. Talvez para serem anotados em um diário no qual não escreverei com frequência, talvez para virarem um livro – não custa sonhar, ou talvez somente para serem lembrados vez ou outra.

O mais engraçado é que o título do Blog sempre foi “Vicejando” – Que para quem não sabe é sinônimo de crescer, evoluir (…), e vicejando soa quase viajando, o que define perfeitamente a minha vida agora.

(mimimi, vou parar de enrolar)

Nos últimos meses, alguns acontecimentos me fizeram tomar uma decisão que, embora cogitada há mais de 5 anos, veio de forma abrupta e inesperada. Não é todo dia que você acorda decidido(a) a deixar para trás tudo o que tem e todos aqueles que conhece, assim como o seu País de origem e aventurar-se em terras estrangeiras.

É isso então. Dentro de dez dias estarei dentro de um avião que me levará de encontro a aquilo que sempre busquei: Aventura, descoberta e principalmente liberdade!

Não me interpretem mal quando digo liberdade. Sempre a tive no sentido literal e talvez isso me faça sentir ainda mais falta da minha mãe do que já estou sentindo, antes mesmo de colocar as últimas peças de roupas na mala. Mas eu me refiro a uma liberdade de espírito, ao amadurecimento e a tantas outras coisas que com certeza não terei se continuar estagnada como estou nesse momento.

A cada dez pessoas, duas ou três me julgam louca. Seja por desistir da Faculdade quando fiz praticamente um ano de Cursinho ininterrupto. Seja pelo fato de eu abandonar o emprego que paga as minhas contas. Seja por ir pra Europa – porque é um absurdo (oi?). Na verdade, acho que os comentários e críticas devem-se a um pouco de cada coisa que mencionei, mas a principal talvez fuja um pouco dos parâmetros. Talvez a minha coragem de abrir mão de tudo isso, leve essas pessoas a acreditarem que não estou pensando claramente. Bem, o que posso fazer a respeito? Ah sim, respeitar a opinião de cada um, mesmo que essa opinião seja: “Ela está indo se prostituir” – parece absurdo, mas a minha mãe recebeu uma ligação de (pasmem) um familiar que disse mais ou menos isso, porém com mais sutileza.

Não, eu não vou me prostituir e não eu não vou casar com um cara trinta anos mais velho, para cair fora do País. Vou trabalhar pesado, disso tenho plena certeza.

Muitas meninas e meninos saem do conforto de casa achando que vão trabalhar como Au Pair’s* e que encontrarão o Paraíso. Eu sou marinheira de primeira viagem, mas ainda vivo no Mundo real e sei que não é bem assim. Sei que terei dificuldades para conciliar uma jornada de trabalho/convivência com uma nova família/estudos. Mas também sei que me adaptarei a tudo isso. É uma questão de tempo.

Meu destino: Áustria. Nível de certeza sobre essa mudança: Porra, sou Libriana. Meio difícil falar disso.

O que vem a seguir: Continue lendo!

*Au Pair – Nome bonitinho para Babá lá na Zoropa, States e Afins.