Terras de Sissi – Intro

Hallo leute!

Eu já sei que devo um milhão de desculpas por demorar tanto tempo para postar de novo. Tudo está tão corrido desde que cheguei aqui, que nem sei bem por onde começar, mas finalmente aqui estou eu.

Cheguei à Klagenfurt há exatos 25 dias, em uma noite não tão fria quanto essa (-8ºC nesse momento :D) mas que ainda assim teve um contraste absurdo com a minha vida 24 horas antes de entrar naquele avião.

Saí do Brasil no dia quatro de Dezembro à noite, e tenho que admitir: Não foi nada fácil me despedir das pessoas que amo. Pessoas que eu talvez reencontre um ano depois, talvez mais, quem sabe?

A parte mais difícil foi abraçar a minha mãe e ter que dizer pela primeira vez, em 21 anos o temido “Tchau.”, porque aquele não era o habitual, aquele me fez sentir um nó na garganta apenas por saber que não iria para casa com ela naquela noite. Aquele tchau que fez com que um filme passasse pela minha cabeça com as imagens de tudo aquilo que eu com certeza sentirei falta. Mas ao mesmo tempo, me trouxe uma maravilhosa sensação de: Finalmente, cheguei até aqui! E garanto, é inigualável.

Sobre o meu trajeto, bem, só tenho elogios para a companhia aérea Lufthansa. Foram maravilhosos do início ao fim da viagem, sem mencionar é claro a comida excepcional!

O meu vôo teve um atraso de aproximadamente 30 minutos por conta do mal tempo em São Paulo. Cheguei ao meu primeiro destino (Frankfurt – Alemanha) por volta de 10:50 am ­horário local. Foram 11 horas e 30 minutos de vôo, mas não foram nem de longe cansativas. Talvez por conta da minha ansiedade em descobrir esse novo Mundo.

Depois de desembarcar tive que passar pela imigração Alemã. De certa forma, aquele era um dos momentos mais temidos, até porque se qualquer coisa desse errado, se por qualquer motivo implicassem comigo lá, eu não teria outra opção além de voltar para o Brasil.

Então lá fui eu para a fila da imigração. Na minha frente, tinha uma moça que passou no primeiro guichê e por alguma razão .. foi barrada! Pobrezinha, não parava de chorar. Nessa hora fiquei com o coração ainda mais apertado. Até que chegou a minha vez.

Para a minha sorte, não foi o mesmo senhor carrancudo (o que não liberou a moça) que me atendeu, mas sim um rapaz que devia ter pouco mais que 25 anos (gato!). Talvez por ser jovem ou simplesmente ter ido com a minha cara, o nosso diálogo foi muito mais simples do que eu esperava. Postarei a conversa porque sei que muitas futuras au pairs também temem esse momento. Foi mais ou menos assim:

– Hallo, guten tag!

– Hallo madam – seguido de algo em Alemão que não entendi e não lembro.

– Can you speak english please? – com o maior sorriso sem graça

– Oh yes, sure! Where are you going? – sotaque arrastado

– Oh, right! I’m going to Klagenfurt. I have a ticket for the train leaving from MainStation. – com toda a minha euforia e simpatia brasileira

– Austria? Hmm, nice! What you gonna do there?

– Tourism, visit friends. – Atenção para essa parte: Precisei dizer isso porque o meu visto de Au Pair deveria ser emitido diretamente aqui na Austria, mas se ao passar pela Alemanha eu tivesse dito que estava vindo para ser Au Pair e não apresentasse o visto ou algo que comprovasse isso legalmente, eles iriam encrencar com toda a certeza, mesmo eu tendo toda a documentação do consulado austríaco no Brasil para emitir o visto aqui. Se alguém vier pra cá com a mesma finalidade, vai entender.

– Ok. Can you give me your passport please?

– Sure.. – com a maior poker face/interrogação do mundo! Estava esperando ele pedir a minha carta de acomodação que a família havia providenciado, meu ticket, minha carteira para ver se eu tinha cash suficiente, meu manequim, meu telefone … enfim, nada disso aconteceu. Fiquei triste pelo telefone, mas acontece.

Entreguei o passaporte. Ele carimbou, me devolveu, deu um sorriso e:

– It’s all ok! Have a nice day and nice travel Madam.

– Thank you very much. Nice day.

Yaaay, consegui!

Depois disso, fui pegar a minha bagagem rezando para estar tudo do jeitinho que despachei. Estava aterrorizada com um possível extravio, mas quase pulei de alegria ao ver tudo lá.

Além disso, um funcionário do aeroporto me ajudou com o carrinho das malas e me levou até a saída para que eu pegasse o táxi. Fiquei impressionada com o fato das pessoas (algumas) na Alemanha serem tão gentis. Mudei totalmente o meu ponto de vista, sério.

Cheguei à estação de trem e finalmente consegui falar com a minha família e amigos. Depois, fui a um café maravilhoso (quase 1:00 pm, porque ainda não estava acostumada com o fuso e estava faminta), conversei com umas pessoas, que ao saber a minha nacionalidade ficaram extremamente empolgadas.

Peguei o meu trem, que contrastou imensamente com os trens de São Paulo aos quais eu estava acostumada, tamanho conforto e segurança. Viajei por 9 longas horas até Klagenfurt, e ao chegar na estação lá estava a minha Host Mom.

Muitas pessoas aqui usam bicicletas e outros meios de transporte no dia a dia, o que é o caso da minha Host Family, então a Host Mom me colocou em um ônibus, me disse exatamente onde descer e nos encontramos na parada 20 minutos depois.

Cheguei à minha nova casa temporária. Foi uma sensação tão estranha, mas em poucos minutos lá estava eu tirando o necessário das malas para dormir e começar a trabalhar no dia seguinte. Sim, dia seguinte às 7:00 am.

Nesses 25 dias, muita coisa aconteceu por aqui. Conheci lugares, pessoas, hábitos (estranhos demais), coisas que parecem bobas mas não são, e pretendo compartilhar tudo isso com vocês. Mas não quero que esse post fique mais longo ainda ou escreverei pelo resto da madrugada.

Estamos há 1 dia e alguns minutos do novo ano. Prometo que amanhã postarei algo, talvez resumindo as minhas tarefas na casa e contando algumas curiosidades da cidade, sobre o meu Natal longe de casa ou sobre a minha viagem à Itália na primeira semana aqui (melhor acontecimento até o momento).. Ahhh, tanta coisa rs.

Mas sim, farei meu post de último dia do ano.

Vejo vocês em breve. Bis bald.

P.S. Algumas fotos do início da viagem: BR x AL

Saindo do Brasil.

Saindo do Brasil.

Yayyy .. To nazoropa! - Chegada em Frankfurt

Yayyy .. To nazoropa! – Chegada em Frankfurt

Hallo Taxi! - Frankfurt

Hallo Taxi! – Frankfurt

Centro de Frankfurt

Centro de Frankfurt

Centro de Frankfurt

Centro de Frankfurt

Centro de Frankfurt

Centro de Frankfurt

Aeroporto de Frankfurt

Aeroporto de Frankfurt

Links úteis:

http://www.lufthansa.com/br/pt/Homepage

2 comentários

  1. Isabel Silveira · dezembro 31, 2014

    Olá Danni,
    Gostei demais do seu blog, também coloquei-o nos meus favoritos. Lembrei de mim mesma nos dias em que estive viajando mundo afora.
    Fiquei um ano fora do Brasil e foram cinco anos em um (eu acho). Muitas coisas boas, outras nem tanto.
    Mas a experiência vale muito.
    Fiz um tour pela Ryanair e pela Easyjet, os voos giram em torno de 15 euros para diversos países. Deu para aproveitar bastante.
    Sucessos, viaje e curta bastante.

    • Danni. · janeiro 8, 2015

      Olá Isabel!
      Não sabe como fico feliz por ler isso. É muito gratificante saber que alguém realmente se identifica de alguma forma. E são tantas experiências né? Você que viajou tanto sabe melhor que eu. Sim, a experiência e extremamente válida e amadurecemos tanto ao mesmo tempo.
      Ótimas dicas! A Ryanair é incrível mesmo, estive olhando umas passagens e gamei no valor rs. A Easyjet ainda não conhecia, mas já adicionei aos Favoritos, assim como o seu Blog rs.
      Muito Obrigada mesmo! E tudo em dobro pra ti. Vou continuar te acompanhando. Um beijo!

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